Carla Zambelli, uma das deputadas federais mais votadas do Brasil, fugiu do país. E o que deveria causar espanto e indignação parece estar se tornando algo comum entre figuras da extrema-direita envolvidas em diversas ações antidemocráticas.
Essa nova "tradição" iniciou com a saída de Eduardo Bolsonaro, também campeão de votos, e agora é seguida por Zambelli. Vale lembrar que Eduardo, em tom ameaçador, declarou que bastavam "um cabo e um soldado" para fechar o Supremo Tribunal Federal. Já Zambelli protagonizou um dos episódios mais simbólicos do bolsonarismo radical ao sacar uma arma e apontá-la para um homem em plena luz do dia, no bairro dos Jardins, área nobre de São Paulo, em outubro de 2022.
Mas a militância de Zambelli não é recente. Começou há doze anos, com a fundação do grupo Nas Ruas, que participou dos protestos contra o governo Dilma Rousseff em 2013. Dali em diante, a parlamentar se firmou nos atos da direita, tornando-se uma das principais vozes da tropa de choque bolsonarista durante o governo de Jair Bolsonaro, do PL.
Ela costumava falar em atos de coragem em nome da Pátria, da família e do Brasil. Contudo, quando a lei é aplicada e o Código Penal é seguido, a coragem evapora, o discurso muda e a fuga pelo visto se torna o único caminho.
Zambelli agora alega necessidade de tratamento médico e promete, como Eduardo, lutar contra a suposta ditadura "do judiciário". É aqui que minha ingenuidade se manifesta: que ditadura é essa que, mesmo diante de uma condenação e cassação, permite uma saída tranquila do país, sem qualquer impedimento? Sim, é uma fuga, é uma fuga descarada.
O fato é que, desde a redemocratização, nunca se viu algo parecido. Uma parlamentar condenada por crimes graves simplesmente sai do país enquanto declara guerra ao sistema que, por anos, disse defender.
A verdadeira ditadura talvez seja justamente a que Carla Zambelli desejou e defendeu e ainda há quem apoie.
Essa nova "tradição" iniciou com a saída de Eduardo Bolsonaro, também campeão de votos, e agora é seguida por Zambelli. Vale lembrar que Eduardo, em tom ameaçador, declarou que bastavam "um cabo e um soldado" para fechar o Supremo Tribunal Federal. Já Zambelli protagonizou um dos episódios mais simbólicos do bolsonarismo radical ao sacar uma arma e apontá-la para um homem em plena luz do dia, no bairro dos Jardins, área nobre de São Paulo, em outubro de 2022.
Mas a militância de Zambelli não é recente. Começou há doze anos, com a fundação do grupo Nas Ruas, que participou dos protestos contra o governo Dilma Rousseff em 2013. Dali em diante, a parlamentar se firmou nos atos da direita, tornando-se uma das principais vozes da tropa de choque bolsonarista durante o governo de Jair Bolsonaro, do PL.
Ela costumava falar em atos de coragem em nome da Pátria, da família e do Brasil. Contudo, quando a lei é aplicada e o Código Penal é seguido, a coragem evapora, o discurso muda e a fuga pelo visto se torna o único caminho.
Zambelli agora alega necessidade de tratamento médico e promete, como Eduardo, lutar contra a suposta ditadura "do judiciário". É aqui que minha ingenuidade se manifesta: que ditadura é essa que, mesmo diante de uma condenação e cassação, permite uma saída tranquila do país, sem qualquer impedimento? Sim, é uma fuga, é uma fuga descarada.
O fato é que, desde a redemocratização, nunca se viu algo parecido. Uma parlamentar condenada por crimes graves simplesmente sai do país enquanto declara guerra ao sistema que, por anos, disse defender.
A verdadeira ditadura talvez seja justamente a que Carla Zambelli desejou e defendeu e ainda há quem apoie.